Olá pessoal! Há quanto tempo! Parece que dessa vez eu sumi por bastante tempo mesmo, alguém ainda se lembra de mim? Para quem já esqueceu, eu costumava postar nesse blog umas três vezes por semana, até não ter tempo para mais nada haha' Esse ano ficou bem corrido para mim, e só estou tendo tempo de vir aqui escrever essa postagem porque hoje não fui à aula. Fiquei doente o fim de semana todo e tive receio de ir e passar mal na faculdade. Para quem não sabe, eu estudo em outra cidade, e passar mal em viagem ninguém merece! Aproveitando a "folga", vou falar um pouco sobre como está a minha vida, assim vocês podem entender porque sumi e que eu não abandonei o blog! na verdade estou escrevendo essa postagem para mim, adoro escrever esse tipo de coisa e reler um tempo depois, melhor sensação do mundo <3
Achei interessante dividir tudo em tópicos, desse jeito fica mais fácil me organizar e vocês se situarem também, sou muito desorganizada quando se trata de contar algo, se deixar falo tudo de uma vez!
1. Faculdade
E então, como anda a faculdade de Psicologia? Dando uma passagem rápida pelas postagens desse ano no blog, percebi que não falei nada sobre isso para vocês. Para falar da faculdade, eu tenho que falar primeiro de como faço para chegar até ela, bem no sentido literal da frase. Minha cidade é muito pequena, e como é muito pequena, temos pouquÃssimas opções de curso superior por aqui (duas ou três opções, talvez), isso significa que não existe nenhum curso de Psicologia por aqui. Eu faço faculdade na cidade vizinha, que fica a mais ou menos uma hora de distância, e vou e volto todos os dias. Sim, é bem cansativo, eu acordo 4:40 da manhã (quando muita gente ainda nem pensa em acordar) e chego 2 horas da tarde em casa. Vou de ônibus, geralmente pensando na vida, e volto da mesma forma. Todo mundo do meu ônibus acorda nesse horário? Não. Acontece que eu moro um pouco longe (cerca de vinte minutos a pé) do centro, e acordo um pouco mais cedo que todo mundo para dar tempo de me arrumar e sair de casa. Eu não me importo, de verdade, sei que tem gente em situações mais fáceis que a minha, assim como algumas em situações mais difÃceis. Estou feliz por poder estudar e mais feliz ainda por poder estudar algo que eu gosto. Pretendo me mudar para um lugar mais perto da faculdade sim, para morar sozinha, mas não agora. Ainda tenho que pensar e planejar muito isso tudo.
Sobre a faculdade em si: o curso de Psicologia é ótimo, mexe muito com a gente, em um sentido bom da frase. Sinto que mudei muito desde o primeiro dia de aula, e que vou continuar mudando até o fim do curso (e da vida! haha). Aprendi muita coisa nova, embora o conteúdo ainda seja um pouco distante daquele conteúdo de Psicologia que vemos no senso comum. Minha turma é excelente, todo mundo é meio louco e aceita as loucuras alheias, me sinto completamente acolhida no ambiente escolar e aos poucos estou deixando até mesmo meus medos de lado, como por exemplo o medo/receio de "estar sempre incomodando" e o de sair de casa (falo detalhadamente sobre isso em uma postagem futura).
2. Auto Escola
O primeiro item acabou me levando ao segundo, de certa forma. Completei dezoito anos esse ano, e meu pai me colocou na auto escola. Eu sempre quis tirar a carteira e aprender a dirigir, vivia repetindo isso desde que me entendo por gente, e como ter carteira facilitaria muito minha vida (eu poderia ir de carro para a faculdade ou para o ponto de ônibus) furei fila e meu pai me colocou na auto escola antes do meu irmão, que pela idade, deveria tirar carteira antes de mim (vantagens de ser a única filha menina da famÃlia haha). Não vou dizer que entrei na auto escola um dia depois do meu aniversário porque estaria mentindo, sempre quis tirar carteira, mas quando a possibilidade bateu à porta fiquei com um pé atrás, adiei um pouco a minha matrÃcula, mas quando entrei de férias meu pai não deixou passar mais tempo e me matriculou. Ao mesmo tempo empolgada e com medo do que estava por vir, comecei o curso teórico.
Eu gostaria de falar muita coisa sobre o curso teórico, mas não posso, a postagem ficaria grande demais. Sinceramente, gostaria de escrever uma postagem própria para falar da minha passagem pela auto escola toda, mas não daria tempo. Então, vou resumir: o curso teórico foi muito bom. Não aprendi muita coisa de legislação porque fiz um curso bem picado, repeti várias aulas (os cursos não são por turmas e sim por dias, cada dia tem uma matéria que é determinada pela professora) e fiz muitas outras aulas em horário em que estou caindo de sono, então não deu mesmo para pegar muita coisa (pra isso que existe o livrinho...). Mas aprendi outras coisas, como se desapegar, conversar com estranhos (falo mais no item 3), interagir, me virar sozinha, e até mesmo sair mais de casa (também falo no item 3). A prova não foi difÃcil e eu consegui passar de primeira. Depois de uma pequena pausa, começou a aula de rua, que...
...Começou de uma forma engraçada. Eu nunca tinha dirigido um carro na vida, o que significa que eu não sabia, literalmente, nem ligá-lo. Muita gente me disse que na primeira aula só o instrutor pegava, e que só na segunda eu ia "dirigir" (leia-se: tocar pra frente) de fato, então fui completamente tranquila para a aula. O instrutor levou o carro até o local onde a gente aprende, que é bem tranquilo, e parou. Imagina o susto que levei quando o meu instrutor disse para trocarmos de lugar e desceu do carro! Fiquei tranquilÃssima por fora, quase morrendo por dentro. Acabou que eu realmente "dirigi" nesse dia, com aspas mesmo porque o negócio foi bem complicado, fiz muitos zigue-zagues e sofri para fazer um cruzamento/curva. Fazendo um resumão aqui (haja história para contar!) consegui aprender, terminei as vinte aulas obrigatórias e agora vou fazer umas extras, porque não me sinto preparada para o exame. Dirigir não é tão difÃcil, parece tudo muito complicado quando se vê por fora, mas na prática você percebe que dirigir é basicamente isso: prática. Quando mais você treina, melhor você fica. Muita gente diz que é melhor você aprender com alguém antes de entrar na auto escola, mas eu comecei sem saber nada (nem mesmo quais pedais faziam o que) e me sinto bem melhor por ter aprendido assim, digamos que aprendi do "jeito certo" e sem ninguém gritando comigo quando eu fazia algo errado haha'
Meu exame está marcado para o dia 13, e quando eu fizer, conto o resultado. Quem sabe não sobra espaço para falar do meu desempenho nas aulas? Talvez até reúna coragem e faça um vÃdeo ;)
3. Programa de desenvolvimento de habilidades sociais
[Postagem editada, sorry gente] Ninguém nasce sabendo conviver em sociedade. Eu pensava que isso era inato do ser humano, somos seres sociais e nascemos sabendo socializar. Mas não é bem assim que funciona. Se você, por n motivos, não socializa, não aprende a socializar, e portanto, cria-se um deficit. Como eu vivi anos dentro de uma bolha, não tenho muita noção de como se portar socialmente, o que significa, de forma simplificada, que tenho dificuldade para conversar, cumprimentar as pessoas, comprar algo numa padaria, abordar um estranho, etc. E é aà que entra o programa de desenvolvimento de habilidades sociais (PDHS). O programa foi criado por uma professora da minha faculdade e mais um grupo de alunos, e ele serve exatamente para isso: desenvolver habilidades sociais. Eu me inscrevi no programa, resistindo um pouco, e não me arrependo. Temos encontros semanais à tarde, e embora seja um pouco difÃcil para eu comparecer, faço um esforço. Estou ficando na casa de uma amiga para almoçar e descansar até dar a hora de ir para o encontro, e só isso já vale para desenvolver as habilidades. Tenho que fazer mil coisas que me davam ansiedade só para comparecer aos encontros, e aos poucos essas mesmas coisas vão me deixando menos ansiosa. Além disso, nos encontros somos estimulados a conversar uns com os outros (todo mundo tem dificuldade, então a gente fica mais tranquilo), e a fazer coisas que nos obriguem a sair de nossa zona de conforto. Como por exemplo, em uma semana tivemos que exercitar o elogio: durante a semana, até o encontro seguinte, deverÃamos elogiar coisas que observamos nas pessoas (e gostamos) mas que por vergonha, guardamos para nós mesmos. Claro que tem toda uma estratégia envolvida e nossa professora (que também é psicóloga) está acompanhando tudo.
O post ficou beeem grande, não era minha intenção escrever tanto, mas não consegui me controlar. Estava sentindo falta de escrever e de compartilhar alguns pensamentos, e não via a hora de conseguir publicar algo aqui no blog. Não sei quando vou ter tempo de escrever uma nova postagem, já prometi mil vezes ser mais ativa nas redes sociais, principalmente o twitter (que é mais direto), porém nem sempre consigo. De qualquer forma estou em todas elas, e mesmo que não publique nada, continuo ativa. Se eu sumir, vocês já sabem: estou correndo contra o tempo. Não se esqueçam de me desejar sorte no exame de direção haha'
Achei interessante dividir tudo em tópicos, desse jeito fica mais fácil me organizar e vocês se situarem também, sou muito desorganizada quando se trata de contar algo, se deixar falo tudo de uma vez!
1. Faculdade
E então, como anda a faculdade de Psicologia? Dando uma passagem rápida pelas postagens desse ano no blog, percebi que não falei nada sobre isso para vocês. Para falar da faculdade, eu tenho que falar primeiro de como faço para chegar até ela, bem no sentido literal da frase. Minha cidade é muito pequena, e como é muito pequena, temos pouquÃssimas opções de curso superior por aqui (duas ou três opções, talvez), isso significa que não existe nenhum curso de Psicologia por aqui. Eu faço faculdade na cidade vizinha, que fica a mais ou menos uma hora de distância, e vou e volto todos os dias. Sim, é bem cansativo, eu acordo 4:40 da manhã (quando muita gente ainda nem pensa em acordar) e chego 2 horas da tarde em casa. Vou de ônibus, geralmente pensando na vida, e volto da mesma forma. Todo mundo do meu ônibus acorda nesse horário? Não. Acontece que eu moro um pouco longe (cerca de vinte minutos a pé) do centro, e acordo um pouco mais cedo que todo mundo para dar tempo de me arrumar e sair de casa. Eu não me importo, de verdade, sei que tem gente em situações mais fáceis que a minha, assim como algumas em situações mais difÃceis. Estou feliz por poder estudar e mais feliz ainda por poder estudar algo que eu gosto. Pretendo me mudar para um lugar mais perto da faculdade sim, para morar sozinha, mas não agora. Ainda tenho que pensar e planejar muito isso tudo.
Sobre a faculdade em si: o curso de Psicologia é ótimo, mexe muito com a gente, em um sentido bom da frase. Sinto que mudei muito desde o primeiro dia de aula, e que vou continuar mudando até o fim do curso (e da vida! haha). Aprendi muita coisa nova, embora o conteúdo ainda seja um pouco distante daquele conteúdo de Psicologia que vemos no senso comum. Minha turma é excelente, todo mundo é meio louco e aceita as loucuras alheias, me sinto completamente acolhida no ambiente escolar e aos poucos estou deixando até mesmo meus medos de lado, como por exemplo o medo/receio de "estar sempre incomodando" e o de sair de casa (falo detalhadamente sobre isso em uma postagem futura).
2. Auto Escola
O primeiro item acabou me levando ao segundo, de certa forma. Completei dezoito anos esse ano, e meu pai me colocou na auto escola. Eu sempre quis tirar a carteira e aprender a dirigir, vivia repetindo isso desde que me entendo por gente, e como ter carteira facilitaria muito minha vida (eu poderia ir de carro para a faculdade ou para o ponto de ônibus) furei fila e meu pai me colocou na auto escola antes do meu irmão, que pela idade, deveria tirar carteira antes de mim (vantagens de ser a única filha menina da famÃlia haha). Não vou dizer que entrei na auto escola um dia depois do meu aniversário porque estaria mentindo, sempre quis tirar carteira, mas quando a possibilidade bateu à porta fiquei com um pé atrás, adiei um pouco a minha matrÃcula, mas quando entrei de férias meu pai não deixou passar mais tempo e me matriculou. Ao mesmo tempo empolgada e com medo do que estava por vir, comecei o curso teórico.
Eu gostaria de falar muita coisa sobre o curso teórico, mas não posso, a postagem ficaria grande demais. Sinceramente, gostaria de escrever uma postagem própria para falar da minha passagem pela auto escola toda, mas não daria tempo. Então, vou resumir: o curso teórico foi muito bom. Não aprendi muita coisa de legislação porque fiz um curso bem picado, repeti várias aulas (os cursos não são por turmas e sim por dias, cada dia tem uma matéria que é determinada pela professora) e fiz muitas outras aulas em horário em que estou caindo de sono, então não deu mesmo para pegar muita coisa (pra isso que existe o livrinho...). Mas aprendi outras coisas, como se desapegar, conversar com estranhos (falo mais no item 3), interagir, me virar sozinha, e até mesmo sair mais de casa (também falo no item 3). A prova não foi difÃcil e eu consegui passar de primeira. Depois de uma pequena pausa, começou a aula de rua, que...
...Começou de uma forma engraçada. Eu nunca tinha dirigido um carro na vida, o que significa que eu não sabia, literalmente, nem ligá-lo. Muita gente me disse que na primeira aula só o instrutor pegava, e que só na segunda eu ia "dirigir" (leia-se: tocar pra frente) de fato, então fui completamente tranquila para a aula. O instrutor levou o carro até o local onde a gente aprende, que é bem tranquilo, e parou. Imagina o susto que levei quando o meu instrutor disse para trocarmos de lugar e desceu do carro! Fiquei tranquilÃssima por fora, quase morrendo por dentro. Acabou que eu realmente "dirigi" nesse dia, com aspas mesmo porque o negócio foi bem complicado, fiz muitos zigue-zagues e sofri para fazer um cruzamento/curva. Fazendo um resumão aqui (haja história para contar!) consegui aprender, terminei as vinte aulas obrigatórias e agora vou fazer umas extras, porque não me sinto preparada para o exame. Dirigir não é tão difÃcil, parece tudo muito complicado quando se vê por fora, mas na prática você percebe que dirigir é basicamente isso: prática. Quando mais você treina, melhor você fica. Muita gente diz que é melhor você aprender com alguém antes de entrar na auto escola, mas eu comecei sem saber nada (nem mesmo quais pedais faziam o que) e me sinto bem melhor por ter aprendido assim, digamos que aprendi do "jeito certo" e sem ninguém gritando comigo quando eu fazia algo errado haha'
Meu exame está marcado para o dia 13, e quando eu fizer, conto o resultado. Quem sabe não sobra espaço para falar do meu desempenho nas aulas? Talvez até reúna coragem e faça um vÃdeo ;)
3. Programa de desenvolvimento de habilidades sociais
[Postagem editada, sorry gente] Ninguém nasce sabendo conviver em sociedade. Eu pensava que isso era inato do ser humano, somos seres sociais e nascemos sabendo socializar. Mas não é bem assim que funciona. Se você, por n motivos, não socializa, não aprende a socializar, e portanto, cria-se um deficit. Como eu vivi anos dentro de uma bolha, não tenho muita noção de como se portar socialmente, o que significa, de forma simplificada, que tenho dificuldade para conversar, cumprimentar as pessoas, comprar algo numa padaria, abordar um estranho, etc. E é aà que entra o programa de desenvolvimento de habilidades sociais (PDHS). O programa foi criado por uma professora da minha faculdade e mais um grupo de alunos, e ele serve exatamente para isso: desenvolver habilidades sociais. Eu me inscrevi no programa, resistindo um pouco, e não me arrependo. Temos encontros semanais à tarde, e embora seja um pouco difÃcil para eu comparecer, faço um esforço. Estou ficando na casa de uma amiga para almoçar e descansar até dar a hora de ir para o encontro, e só isso já vale para desenvolver as habilidades. Tenho que fazer mil coisas que me davam ansiedade só para comparecer aos encontros, e aos poucos essas mesmas coisas vão me deixando menos ansiosa. Além disso, nos encontros somos estimulados a conversar uns com os outros (todo mundo tem dificuldade, então a gente fica mais tranquilo), e a fazer coisas que nos obriguem a sair de nossa zona de conforto. Como por exemplo, em uma semana tivemos que exercitar o elogio: durante a semana, até o encontro seguinte, deverÃamos elogiar coisas que observamos nas pessoas (e gostamos) mas que por vergonha, guardamos para nós mesmos. Claro que tem toda uma estratégia envolvida e nossa professora (que também é psicóloga) está acompanhando tudo.
O post ficou beeem grande, não era minha intenção escrever tanto, mas não consegui me controlar. Estava sentindo falta de escrever e de compartilhar alguns pensamentos, e não via a hora de conseguir publicar algo aqui no blog. Não sei quando vou ter tempo de escrever uma nova postagem, já prometi mil vezes ser mais ativa nas redes sociais, principalmente o twitter (que é mais direto), porém nem sempre consigo. De qualquer forma estou em todas elas, e mesmo que não publique nada, continuo ativa. Se eu sumir, vocês já sabem: estou correndo contra o tempo. Não se esqueçam de me desejar sorte no exame de direção haha'