Eu preferia não colocar tÃtulos nos meus posts |
Banquei minha própria terapeuta e precisei de algumas horas de conversa comigo mesma, cerca de 7 episódios de uma série nada a ver com o assunto e ler alguns posts de um blog chamado Desancorando (que acabei de conhecer) para me lembrar que um blog é um espaço pessoal, e que você não precisa ser um expert em alguma coisa para falar sobre ela, muito menos ter uma vida digna de uma celebridade para falar sobre, você só precisa ser você. E não é exatamente essa a graça dos blogs? Encontrar alguém com uma vida tão comum quanto a sua, mas que de alguma forma torna as coisas especiais? Pelos comentários que eu recebi no post passado (e pelos quais eu fico imensamente grata), percebi que não sou a única nessa situação. Precisei lembrar porque eu mesma leio blogs para me lembrar porque eu escrevo o meu. Quando eu procuro um tutorial, uma dica, ou mesmo um texto sobre a vida, eu não procuro a opinião de um especialista, alguém formado e com anos de experiência no assunto, eu procuro alguém que tenha uma vida parecida com a minha, que veja as coisas como eu vejo, e que me transmita a ideia de que, se essa pessoa conseguiu, eu também consigo. Se ela tirou determinadas conclusões sobre algo, ou se pensou de determinada forma, eu também posso pensar assim. Nós somos parecidas, essa pessoa é como eu e como dizem por aà "é gente como a gente". Afinal, se eu quero uma indicação de série nova, eu não procuro em sites de crÃticas, eu vou direto nos meus amigos que choram e torcem com os personagens, se apaixona por eles e com eles ou desiste da série se ela não agradar. Pessoas como eu, que reagem como eu reajo. É isso que eu procuro, e é isso que um blog deveria ter.
A pessoa por trás de um blog é a coisa mais importante em um blog. Vou imprimir e botar no meu guarda-roupa para me lembrar disso a todo momento. Não é que você tenha que ser um personagem saÃdo de um livro para poder blogar, ou a última coca-cola num deserto (essa expressão é pejorativa não é?), o modo como você vê as coisas, o modo como eu vejo as coisas, o modo como cada um vê as coisas é único, e se a visão de mundo de cada um não vale a pena ser compartilhada, eu sinceramente não sei o que vale a pena. Mas, para compartilhar o modo como vemos as coisas, é preciso largar o modo como queremos que as pessoas nos vejam, e essa é a parte mais difÃcil. É isso que eu preciso tentar daqui para frente. A propósito, o nome da série que estou assistindo é Lúcifer. Mesmo o protagonista sendo o diabo, deu pra aprender muita coisa com ele.