Foto por ContactFundMatters | (Eu só gostei da cor) |
Tenho passado por uma montanha russa emocional que está sugando toda minha energia. Num dia acordo depressiva e desanimada, no outro, querendo desbravar o mundo. Pra piorar, gripei, e as secreções da gripe estão desencadeando crises de sinusite que fazem parecer que tem uma bomba pulsando dentro do meu rosto.
Não está sendo fácil.
Tive todas as emoções do espectro emocional em uma semana. Algumas vezes, em apenas um dia. Hoje, por sorte, me mantive estável durante a maior parte do dia — mas também me mantive a maior parte do tempo lendo contos de terror no Twitter, o que me ajudou a tirar o foco de mim e colocá-lo em outra coisa.
Não se preocupem, eu já estou providenciando a ajuda necessária.
Em determinado momento do meu dia, depois de sair do Twitter, e depois de trocar mensagens com um amigo, fui para o terreiro da casa. Vi um pedaço do céu e percebi que ele estava lindo. Subi para o terraço para ver melhor. Meus olhos se encheram de lágrimas.
Tentei tirar uma foto, mas a câmera do meu celular não captou muito bem. Eu gostaria de poder descrever para vocês: o azul fazia um degradê, começando escuro no alto, e ficando mais claro aos poucos, a medida que ficava próximo ao horizonte. As nuvens pareciam algodão: rasgado e espalhado pelo céu, em tiras, quase como pinceladas. As bordas delas estavam alaranjadas, por causa do brilho do sol que se escondia em algum lugar ali atrás. Era final da tarde e o sol estava se pondo.
Fiquei ali por alguns minutos, observando. Meu cachorro passou pelas minhas pernas em alguns momentos. A paisagem ao redor fazia contraste com o céu, formando silhuetas (eu amo silhuetas): as antenas da casa, o telhado do vizinho, o muro do meu próprio terraço... O momento durou apenas alguns minutos. Escureceu e as nuvens foram embora. Mas foi um bom momento. Queria que todo mundo tivesse visto.