Escrevendo de palpite

março 27, 2014

Estudando novamente crase, verbo aspirar, assistir, porquês e mais uma infinidade de regras e verbos de duplo sentido que possui nossa língua portuguesa, me peguei pensando em como nós blogueiros — eu principalmente — escrevemos. Não sou formada em jornalismo, letras, literatura ou qualquer outra coisa relacionada a escrita. Mal saí do ensino médio, não conheço todas as regras e não raras vezes cometo muitos erros. Pra ser sincera, ainda não entendi o que é exatamente um advérbio, mas tenho certeza que já usei em vários textos que escrevi. Parece absurdo uma blogueira dizer isso, mas gramática para mim é muito complicado. Escrevo de palpite, como algumas pessoas tocam piano de ouvido, e se alguém me perguntar porque se escreve "procura-se" e não "procuram-se", não vou saber explicar. Eu poderia tentar, mas não sei se sairia algo coerente. Para falar a verdade, eu também não sei o porquê.

No que se refere as resenhas, gostaria de dizer que não são "palpites", que passei um bom tempo estudando como se escreve uma, e embora eu realmente tenha lido muita coisa sobre "como escrever uma resenha", eu ainda não sei se o que estou fazendo é certo. Veja bem, nós somos blogueiros, não somos críticos literários ou resenhistas profissionais, não escrevemos para revistas que vão ser lidas pelo país todo. Somos blogueiros, "amadores", tenho certeza que a maioria escreve, como eu, de palpite, e tenho certeza que não faz diferença o quanto profissional está o texto, ou quantas regras gramaticais você seguiu ou violou, não temos um blog para ser uma revista, não temos um blog para ser profissional, só queremos escrever, juntar um monte de letras, formar palavras, frases, um post, e com sorte, ser lido. Escrevemos de palpite, mas isso não torna nosso trabalho menos bonito.

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6 comentários

  1. isso verdade!
    cara eu escrevo porque gosto, mas não quer dizer que eu escreva bem, mas convenhamos que tem gente que sinto muito deveria melhorar pq parece q vc ta sofrendo lendo a resenha da pessoa auhhus no minimo tem q ter concordância e saber diferenciar plural do singular.
    Seguindo o Coelho Branco

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    1. Escrever é uma coisa, assassinar o português é outra ushaushau'

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  2. Olá Mari. Acredita que eu até hoje também não sei o que é um adverbio kkkkkk, e olha que eu tenho a obrigação de saber, pois sou um escritor viu. kkkkk.
    Tem post novo, passa lá no blog.
    Abraços.
    J. A. Santos.
    http://j-a-santos.blogspot.com.br/

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  3. Você escreveu sobre algo que venho pensando há um tempinho e, bem, assim como você, escrevo de palpite.
    Gostei muito do seu texto e também do que você deixou o link!

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  4. Nunca soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.
    Eu amei esse post e amei ainda mais este texto de Rubem Braga. Me consolou, porque eu escrevo super mal e falo infinitamente pior. Nossa língua é um mistério pra mim. É uma pena, porque eu realmente gosto de escrever, meu Deus. Gosto tanto que ignoro o fato de não saber o que é um advérbio, de não ter concordância verbal nenhuma e sempre que acabo um texto, cruzo os dedos na hora de publicar, torcendo para que ninguém perceba meus erros tão grosseiros. Mas como dizia Nelson Rodrigo: Não acredito em brasileiro sem erro de concordância. Afinal, quem nunca?

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  5. Eu simplesmente adorei esse seu texto. Acho que todo blogueiro é assim, a gente erra, às vezes por falta de edição, às vezes porque não sabe mesmo. Mas, pra mim, o que importa é saber se expressar por meio das palavras, mesmo que fugindo às regras (não de uma forma violenta, é claro, porque isso torna a leitura um tanto desconfortável pra mim haha')

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